Juliana Marins, brasileira, é encontrada morta após cair em vulcão na Indonésia

Drone registrou a brasileira Juliana Marins em trecho da encosta em montanha na Indonésia (Imagem: YouTube/Reprodução)—> A equipe de resgate encontrou Juliana Marins morta  (Imagem: YouTube/Reprodução)

A publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos, natural de Niterói (RJ), foi encontrada morta no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, após quatro dias desaparecida durante uma trilha no vulcão.

Ela viajava pela Ásia desde fevereiro e fazia a trilha acompanhada por um guia local quando escorregou e caiu em um trecho perigoso da montanha, em uma região de difícil acesso.

Juliana Marins, uma jovem aventureira e apaixonada por viagens, estava em um mochilão pelo Sudeste Asiático desde fevereiro de 2025, tendo passado por países como Filipinas, Vietnã e Tailândia. Na Indonésia, ela participava de uma trilha guiada no Monte Rinjani, uma atração turística conhecida por sua beleza e dificuldade.

Na noite de sexta-feira, 20 de junho, Juliana tropeçou e escorregou, caindo cerca de 300 metros abaixo do caminho da trilha. Segundo relatos da família, ela ficou debilitada e não conseguia se mover, agravado pelo fato de estar sem agasalho, vestindo apenas calça jeans, camiseta, luvas e tênis, e sem seus óculos, já que sofria de miopia.

O trágico acidente, chocou familiares, amigos e a comunidade que acompanhou o caso pelas redes sociais. Após quatro dias de intensas buscas, a família de Juliana confirmou sua morte na tarde de 24 de junho, em uma publicação emocionada nas redes sociais, corroborada pelo Itamaraty. Este artigo traz detalhes atualizados sobre o caso, os esforços de resgate e os desafios enfrentados pelas equipes.

Equipes de resgate

Após o desaparecimento, equipes de resgate locais iniciaram uma intensa busca, com apoio de voluntários. O terreno íngreme, a neblina e a instabilidade climática dificultaram os trabalhos. Helicópteros chegaram a ser cogitados, mas as condições impediram o uso aéreo. Juliana foi localizada cerca de 300 metros abaixo da trilha principal, sem sinais de vida.

Na manhã de 24 de junho, as operações foram retomadas com o reforço de dois alpinistas experientes e equipamentos específicos, incluindo uma furadeira para auxiliar na escalada. A família de Juliana também informou que o uso de um helicóptero foi considerado, mas as condições climáticas e a necessidade de um modelo específico com guincho para áreas de difícil acesso inviabilizaram a opção. A administração do parque destacou que o governo local incentivou o resgate aéreo nas primeiras 72 horas, mas as condições dinâmicas do clima tornaram a operação arriscada.

A irmã de Juliana, Mariana Marins, expressou frustração com a lentidão do processo, criticando a agência de turismo responsável pela trilha por fornecer informações falsas sobre o progresso do resgate.

Declaração da família

A família confirmou a morte pelas redes sociais, agradecendo as orações e o apoio recebidos. O pai de Juliana já está a caminho de Bali para acompanhar os trâmites legais do traslado do corpo.

Apoio do Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por meio da embaixada em Jacarta, está prestando apoio à família da jovem. O governo brasileiro lamentou o ocorrido e ofereceu suporte consular.

Histórico de Acidentes no Monte Rinjani

O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altitude, é um destino popular, mas também perigoso. A trilha é conhecida por seu terreno íngreme e condições climáticas imprevisíveis, especialmente à noite. Nos últimos anos, o vulcão registrou outros acidentes fatais, incluindo a morte de um turista malaio em maio de 2025 e de um português em 2022, ambos por quedas. Em 2018, um terremoto de magnitude 6,4 causou desabamentos e 17 mortes na região. Apesar dos riscos, o parque permaneceu aberto para turistas durante os primeiros dias do acidente de Juliana, o que gerou críticas da família.


Repercussão e Apoio Diplomático

O caso ganhou grande repercussão no Brasil, com cobertura de veículos como UOL, Globo e Folha de S.Paulo. A embaixada brasileira na Indonésia enviou dois funcionários para acompanhar as operações, e o Itamaraty mobilizou autoridades locais para agilizar o resgate. Mariana Marins cobrou um pronunciamento do presidente Lula, destacando a gravidade da situação diplomática. A primeira-dama, Janja, mencionou o caso nas redes sociais, mas a família enfatizou a necessidade de ações mais rápidas.


Conclusão

A morte de Juliana Marins é uma tragédia que expõe os riscos de trilhas em áreas remotas e os desafios de operações de resgate em condições adversas. Sua história, marcada por coragem e paixão por explorar o mundo, tocou milhares de pessoas que acompanharam o caso. A família agora enfrenta o luto e a complexa tarefa de trazer o corpo de Juliana de volta ao Brasil, enquanto a comunidade reflete sobre a importância de segurança e planejamento em viagens de aventura.

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